“Não é por questão de dinheiro, mas sim falta de vontade política”.

Paulo Sommer afirma que o município tem fluxo de veículos que justifique o investimento


O prefeito de Porto Xavier, Paulo Sommer, criti­cou a morosidade e os equívocos do Governo Federal no encaminhamento do estudo de viabilidade para a construção de ponte internacional sobre o rio Uruguai.

A declaração foi feita depois que o Ministério dos Transportes anunciou que o fluxo de veículos tanto em Porto Xavier, quanto Porto Mauá e Itaqui são insu­ficientes para viabilizar o investimento.

VONTADE POLÍTICA

O prefeito disse que a construção da ponte não ocorre por questão de dinheiro, mas sim falta de von­tade política.

“Que estudo é este que diz que não há viabilida­de econômica se o mercado de importação e exporta­ção movimentou R$ 400 milhões no ano passado e o custo da construção da ponte gira em torno de R$ 60 milhões. Não há argumentos que justifiquem diante destes números apresentados”, observa o prefeito de Porto Xavier.

FLUXO DE VEÍCULOS

Em relação ao fluxo de veículos, Sommer conta que em 2015 mais de 13 mil caminhões passaram e 100 mil turistas passaram na aduana de Porto Xavier.

“Sem a ponte, apenas com as balsas, já tem todo esse movimento, imaginem com uma ponte. Não te­mos estudos técnicos sobre essa questão, mas acredi­tamos que no mínimo triplicaria esse volume de fluxo de veículos e de comercialização com uma ponte sobre o rio Uruguai”, observou.

REPRESENTAÇÃO POLÍTICA

O prefeito de Porto Xavier também lamentou a falta de representantes políticos das Missões no Con­gresso Nacional para a defesa dos interesses da região. “Infelizmente por uma questão política esse estu­do indicou Porto Mauá como o local mais adequado, mesmo a realidade sendo outra. Até o Dnit sabe que Porto Xavier é mais viável e tem uma rodovia federal, conforme exigência legal”, disse.

PORTO MAUÁ

Lamentou que os políticos de Santa Rosa, que de­fendem a ponte em Porto Mauá, não se deram conta que em Porto Xavier vai trazer mais benefícios aos municípios da Grande Santa Rosa.

“Ponte em Porto Mauá beneficiará apenas a região Celeiro, enquanto em Porto Xavier vai ser estratégico paras as Missões e a Grande Santa Rosa. O fluxo de exportação é nossa área e não em Porto Mauá. E até a Argentina tem consciência disso e defende a constru­ção de uma ponte em San Javier. A saída é a união de esforço das três regiões para pressionar o governo fe­deral. Do contrário ficaremos mais 50 anos esperando pela ponte”, finalizou.

FONTE: a reportagem é do Jornal A Tribuna de Santo Ângelo/RS.